Estava num local que
parecia ser uma oficina mecânica, porém com vários cômodos em um corredor, e
cada cômodo tinha várias peças de carro espalhadas pra todo lado. Vinha por
este corredor, pulando as peças que estavam espalhadas por ali, carregando uma
sacola grande, vermelha, cheia de parafusos e pregos, que eu iria vender no
ferro velho. A sacola estava muito pesada. Quando fui chegando ao final deste
corredor, havia um guichê, tipo estes de lotérica, onde atrás do vidro havia um
casal. Eles vendiam queijo. Perguntei o preço e disseram que era dez reais o
quilo. Havia um queijo branco e grande em cima do balcão deste guichê. Disse
que queria um queijo e a moça pegou este que estava no balcão. Disse que só
queria um quarto do queijo. Ela partiu o queijo ao meio e disse que ele era
muito leve. Colocou na balança e disse que custariam dois reais e cinqüenta
centavos. Dei uma nota de cinco reais e o moço achou rui. Ele queria cinco
pratinhas de cinqüenta centavos. Disse que não tinha pratinha. Ele pegou a nota
e me deu o troco com uma nota de dois reais e uma pratinha de cinqüenta
centavos. Depois jogou no balcão, para eu pegar, várias pratinhas. Disse a ele
que já tinha me dado o troco. A moça disse que aquelas pratinhas eram de um
centavo e cinco centavos e que eles não queriam pratinhas daquele valor. Quando
fui colocando as pratinhas na sacola onde estavam os parafusos para vender tudo
no ferro velho, veio chegando um casal para comprar queijo também. Sai dali
carregando com dificuldades aquela sacola e quando sai do corredor, a gente
saia dentro da padaria do Milton no bairro esplanada. Passei pela padaria e lá
fora sentado, estava o Candido me esperando com o meu filho no colo. Meu filho
deveria ter uns quatro anos. Coloquei a sacola no chão, peguei meu filho e o
Candido disse que o carro estava estacionando em baixo da árvore em frente à
escola. Não havia canteiro central ali, apenas a larga avenida. O Candido tinha
parado o carro na contra mão. Indo para o carro disse ao Candido que havia me esquecido
de comprar o pão. Pergunte se ali na esplanada havia uma padaria. Ele disse que
tinha uma na rua do bar. Lembrei que estava sem a sacola. Pedi ao Candido para
ir pega-la para mim. Ele voltou, ficou procurando perto de onde ele estava
sentado e nada viu. Entrou na padaria do Milton e depois voltou sem a sacola,
dizendo que não tinha nada ali. Entreguei a ele o meu filho e fui procurar a
sacola com os parafusos que eu iria vender. Entrei na padaria e fui de volta a
corredor. Sai pulando as peças e pensei que tinha passado ali com a sacola e
portando não poderia estar lá dentro. Voltei até o Candido e disse que alguém
tinha pegado minha sacola. Chegando ao carro o Candido disse que precisa ir
embora e que iria a pé. Ele disse que a Fabíola iria me levar. Entrei no carro
com o meu filho no colo, e disse a Fabíola que precisava primeiro passar na padaria
que tinha ali na rua do bar. Ele disse que sabia onde era. Virou o carro para
dar meia volta só que ele foi para a contra mão, visto que o carro estava na
contra mão já. Quando fez isto, o carro quase bateu em outro que vinha em sua
mão certa. Então disse a ela porque estava dirigindo na contra mão. Ela disse
que naquela rua ali não existia isto de mão e contra mão. Que qualquer um
poderia dirigir em qualquer lugar da rua. Ela virou a rua do bar em direção a
padaria.
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TORNANDO A VIDA POSSÍVEL