-->Estava
vindo na Avenida primeiro de junho em direção a Rua Goiás. Vinha vindo do lado
esquerdo. Vinha para ir ao banco Itaú, para aplicar o dinheiro que eu tinha no
bolso. O valor era menor que vinte reais. Eu havia ouvido na TV que aplicações
inferiores a vinte reais não eram viáveis e por isto os bancos não faziam. Mas
eu sabia que o Itaú aplicava qualquer valor que estivesse na conta,
automaticamente. Então estava indo para a agência para depositar os 12 reais
que tinha no bolso. Quando cheguei a frente ao camelódromo, fiquei de gatinho e
atravessei a Avenida Primeiro de Junho, de gatinho. Quando cheguei do outro
lado algumas pessoas passavam. Então fiquei pensando se a gente atravessa a rua
era de gatinho mesmo ou de pé. Eu não me lembrava de como se atravessa a rua.
Mas acreditei que fosse de gatinho porque ninguém disse nada me vendo
atravessar assim. Já no outro lado da avenida, procurei pela agencia do banco
Itaú. Ao lado da Casa da Manteiga estava a agencia. Ela tinha um metro de
largura por dois de profundidade aproximadamente. De um lado desta agencia era
só parede. Do outro lado havia na parede uma grande onde o caixa ficava atrás
dela e conseqüentemente fora deste cômodo de dois por um metro. Entreguei a ele
os doze reais e pedi para depositar em minha cota. Ele pegou o dinheiro me deu
o recibo e sai dali. Fui indo embora para casa tentando imaginar quanto seria
meu rendimento diário e quanto daria de lucro no final do mês.