Basta bater os olhos no litoral de Maceió para se apaixonar. Três belas praias: Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, ocupam 6km de orla arborizada, com ciclovia, barracas e mar colorido protegido por piscinas naturais. E quase todos os hotéis da cidade.
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O aeroporto fica bem afastado da cidade (e chegar por via rodoviária também não é tarefa das mais fáceis), mas basta bater os olhos no litoral de Maceió para esquecer todos os dissabores. Três belas praias – Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca – ocupam 6 km de orla arborizada, com ciclovia, calçadão, barracas e mar colorido, protegido por piscinas naturais. Nessa região ficam quase todos os hotéis da cidade.
Jangadas para passeios turísticos na Praia de Pajuçara, em Maceió. (Creative Commons/Wikimedia Commons)
Vizinho a Jatiúca, o bairro de Cruz das Almas tenta entrar nesse seleto grupo: o mar aberto é menos encantador, mas a construção do Parque Shopping e de alguns residenciais deu novo fôlego ao local. Quem busca praias mais sossegadas deve seguir em direção ao norte: Pratagi e Ipioca são extensas e pouco movimentadas (exceto a área mais central de Ipioca). E Paripueira e Costa Brava são famosas pelas piscinas naturais, alcançadas por embarcações.
UM DIA PERFEITO
A principal atração da Praia de Pajuçara está a dois quilômetros da areia: as piscinas naturais, onde turistas chegam a bordo de jangadas (Marco Antonio Barros/Dedoc Abril)
A tábua de marés é fundamental para programar a principal atração local, o Passeio de Jangada até as piscinas naturais de Pajuçara, cujo horário é definido pela altura das águas – só sai na baixa, o que pode ocorrer nas primeiras horas da manhã ou no fim do dia. Antes ou depois, aproveite para circular pelo calçadão e ir até Ponta Verde. O resto do dia pode ser dedicado a uma imersão pelas lojinhas de renda filé, típica de Alagoas, no bairro Pontal da Barra. Para terminar bem, jante no estrelado Sur, de cozinha contemporânea.
SUGESTÃO DE ROTEIRO
Piscinas naturais de Pratagi, uma das mais belas praias de Maceió (Pratagy Beach Resort/Divulgação)
Cinco dias – Capriche no filtro solar e saia para explorar não só as atrações de Maceió, mas também as de cidades próximas. Ao norte, o litoral reserva as belas praias de Pratagi e Ipioca – onde fica a ótima barraca de praia Hibiscus – e Paripueira, de onde saem passeios de catamarã para as piscinas naturais. Aproveite para conhecer também a Praia de Carro Quebrado, em Barra de Santo Antônio, e a ótima estrutura da barraca Capitão Nikolas. Com bom planejamento, é possível fazer bate-voltas para Maragogi e São Miguel dos Milagres.
Ponta Verde é a melhor praia urbana da capital de Alagoas. ( Luiz Eduardo Vaz/Reprodução)
Para o sul, vale a pena fazer o Passeio de Escuna pela Lagoa Mundaú e visitar a Praia do Gunga, em Barra de São Miguel. Reserve um tempo para compras na Feira de Artesanato da Pajuçara e no Mercado de Artesanato, no Centro.
COMO CHEGAR
Praia de Pajuçara, em Maceió (Felipe Medeiros/Reprodução)
O Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares fica a 25 km da orla urbana – com trânsito, pode-se gastar mais de uma hora nesse percurso. Do aeroporto parte um ônibus da Viação Veleiro para Ponta Verde (confira os horários nos dias úteis e fins de semana e feriados). Táxis cobram mais caro. Quem vem de ônibus chega ao Terminal Rodoviário João Paulo II, próximo do Centro e da orla.
Vista aérea da Praia do Francês (Cleferson Comarela/creative commons/Wikimedia Commons)
O caminho natural para quem vem de carro, tanto do Norte como do sul, é pela BR-101, com muitas obras de duplicação dentro de Alagoas. Para quem vem do sul, uma dica: em São Miguel dos Campos, entre na Al-220 para Barra de São Miguel, seguindo depois pela duplicada Al-101.
COMO CIRCULAR
Maceió pode se gabar de ter o mar mais lindo entre as capitais do Nordeste. E também uma das orlas urbanas mais bonitas do Brasil, no trecho formado pela sequência das praias de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca (Jannyne Barbosa/Reprodução)
Quase todas as opções de hospedagem ficam em Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca e Cruz das Almas, bairros bem servidos pelo transporte público. À noite, os principais bares e restaurantes concentram-se em Jatiúca e no vizinho Stella Maris. Para conhecer as praias mais afastadas, como Pratagi e Ipioca, compensa alugar um carro ou entrar em contato com uma agência de turismo (informe-se na recepção do hotel; há muitos veículos clandestinos oferecendo passeios para essas regiões). Um ônibus circular faz a ligação com o bairro Pontal, onde fica a Rua das Rendeiras.
ONDE FICAR
Barraca Lopana em Maceió, Alagoas (Lopana/Reprodução)
É natural que os principais hotéis fiquem no trecho de maior estrutura: Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. Mas só o renovado Jatiúca Resort e o Jatiúca Resort Suites são de fato pé na areia. Nos últimos anos, surgiram novidades em Cruz das Almas, como o Ritz Suítes, aberto em 2012, e o Hotel Conde, uma antiga pousada ampliada. Ipioca deverá ganhar mais resorts nos próximos anos, além da ampliação do Residence Waterfront.
ONDE COMER
Passeio de catamarã em Paripueira, em Maceió (Pamela Kieper/Reprodução)
Restaurantes e bares se concentram em Jatiúca e sua extensão, Stella Maris. Neste bairro estão dois estrelados do Guia Quatro Rodas: o brasileiro Divina Gula e o contemporâneo Sur. O peruano Wanchako fica em Ponta Verde, que reúne hotéis. Na região central, carente de atrativos, o Carne de Sol do Picuí fecha o grupo de restaurantes premiados.
Em Pontal da Barra estão as mulheres rendeiras mais famosas de Maceió. Os trabalhos de rechelier, renascença, ponto cruz e filé são vendidos nas lojinhas da Rua Alípio Barbosa (Otavio Dias de Oliveira/Reprodução)
Quem quiser comer comida regional a um bom preço, o restaurante Casa de Mãinha, em Pajuçara, tem um buffet de pratos nordestinos por umk preço fixo à vontade, servido no café da manhã, almoço ou jantar. Entre as opções frequentes, estão a carne de sol na nata, camarão, feijão tropeiro, baião de dois e dobradinha. Tem também buffet de sobremesas típicas.
COMIDA TÍPICA
Sorvetes de sapoti, cajá e cupuaçu, sabores tipicamente nordestinos que refrescam o calor de Maceió (Leo Feltran/Reprodução)
Sururu – Próprio do Nordeste brasileiro, o sururu (ou siriri) vive na lama das lagoas e mede, no máximo, 2 cm. O molusco é fonte de renda para muitas famílias nas lagoas de Manguaba e Mundaú, na região metropolitana de Maceió. Nas mesas da cidade, ele pode ser encontrado no couvert (com leite de coco), como entrada – preparado na própria concha ou vendido com o nome de sururu de capote (cozido com leite de coco, molho de tomate, pimentão, coentro, cheiro-verde, azeite, cebola e alho) – e na composição de pratos com peixe. Os caldinhos à base de sururu também são populares e constam no cardápio da maioria dos bares e restaurantes locais.
Onde comer: Nos restaurantes de pescados e no Massagueirinha.
É TUDO VERDADE
Nas lojas de vitrine colorida do bairro Pontal da Barra, o algodão, matéria-prima do bordado conhecido como filé, vira arte (Otavio Dias de Oliveira/Reprodução)
A abordagem de flanelinhas nas áreas turísticas é inevitável – e, em alguns casos, truculenta. De dia, eles ficam próximos do ponto de partida do passeio de jangada na Pajuçara. À noite, agem nos arredores de bares e restaurantes em Jatiúca e Stella Maris.
NOITE
Todo mundo escolhe a Feira de Artesanatos da Pajuçara para comprar os tradicionais presentinhos de viagem. Encontra-se de tudo nas barraquinhas, de bonecas de cerâmica a chaveiros (Rogério Zambotto/Reprodução)
Inaugurado em 2000, o Maikai Show Bar, em Jatiúca, continua dominando a noite maceioense – o público jovem se diverte com shows de pagode, MPB e pop rock. Em Ponta Verde, as barracas de praia Kanoa e Lopana promovem animados shows todas as noites.
QUANDO IR
Quem vai para Maceió pode fazer um passeio de barco até a foz do Rio São Francisco. O passeio faz paradas em dunas e lagoas (SECRETARIA DO ESTADO DE TURISMO-SETUR/Reprodução)
A alta temporada é no verão, quando a cidade fica movimentada e mais cara. De maio a julho, as temperaturas continuam altas, mas chove muito. Os passeios às piscinas naturais são alterados de acordo com a tábua de marés.
DADOS GERAIS
Maceió tem o charme de conciliar um ar de cidade pequena e ritmo de metrópole (José Emílio Perrillo/Reprodução)
DDD: 82
Estado: Alagoas
Distância de outras cidades: Recife: 266 km; Aracaju: 283 km; Salvador: 604 km; Brasília: 1973 km; Rio de Janeiro: 2135 km; São Paulo: 2444 km.
Orla de Maceió, Alagoas (Divulgação/Divulgação)
Aeroporto
Assembléia Pública Legislativa Associação Comercial
Estádio de futebol, Rei Pelé
Museu da Imagem e do Som
Museu
Museu do Comércio
Vistas parcias
Shopping Center
Porto
Praias
Praça
Rio São Francisco
Teatro Público Municipal
Universidade
VLT
Fonte dos textos e fotos: Prefeitura Pública de Maceií, AL / Wikipédia / IBGE / Charlie Styforlamber / viagemeturismo.abril.com.br / Thymonthy Becker /
SONHOS DE UM VIAJANTE
A ESCADA DA PRAIA E A FLORESTA
Estava indo por uma rua em direção ao que seria minha casa. Quando cheguei num certo local, a rua estava interditada. Então decidi ir por uma rua lateral. Só que esta rua lateral era bem estreita, deveria ter uns dois metros de largura. Ele tinha casa de um só lado e não cruzava com outra rua do lado direito, só do esquerdo. Indo por ela, cheguei numa esquina onde havia um prédio que deveria ter uns 10 andares. Esta rua terminava ali. Para continuar, agente tinha que descer uma ribanceira que era bem íngreme. Em frente a este prédio tinha uma mulher. Quando passava por este prédio, uma moça, que deveria ter uns 15 anos, saiu lá de dentro e veio falar comigo. Era a filha desta mulher que estava em frente ao prédio.
A tal moça pediu para eu trazer minha filha até o apartamento dela ali, para as duas conversarem e serem amigas. Disse que levaria sim. E fui indo para o que seria minha casa, descendo aquela ribanceira, onde já havia um caminho por onde as pessoas descia por ali. Fiquei imaginando que se eu caísse ali, iria rolando até lá em baixo e chegaria lá todo quebrado. Mas fui até lá em baixo sem problemas. Quando cheguei lá em baixo, vi uma escada que levava até o tal prédio daquela moça. Mas ela era usada só pelos moradores daquele edifício, pois ela ia dali até dentro da portaria do prédio. Perto da escada, já vi aquela moça, que tinha descido pela escada e chegado lá em baixo antes de mim, que tive que descer aquela ribanceira com todas as dificuldades.
Fiquei pensando porque ela não me chamou para descer pelas escadas. Ela então me perguntou se era possível conter o estrago que as ondas do mar estavam fazendo ali. Pois a escada já estava sendo destruída pelas ondas, que cada vez mais ia destruído as margens. Olhei e vi que tinha um mar ali mesmo. As ondas estavam batendo nas escadas e já destruía a estrutura dela. Disse que era possível sim, bastava fazer um paredão de concreto para impedir que as ondas batessem na escada. Nisto chegou um homem dizendo que o mar sempre ia avançando terra adentro e que não adiantava fazer nada.
Eu concordei com ele dizendo que na cidade de Nova Viçosa, na Bahia, havia destruído tudo, inclusive as casas que tinha a beira mar. E hoje o mar tinha encoberto tudo. Contei que na praia dos pescadores lá, o rio tinha sido tomado pelo mar, mas corria assim mesmo, dentro do mar. E que as pessoas ficavam nas casas, até elas caírem, pois não queriam ir embora. Contei que quando caíram várias casas ao mesmo tempo, nós vimos uma mulher sendo levada por este rio que corria na praia, juntamente com os móveis da casa dela. Ela pedia socorro, mas não podemos fazer nada, pois já estávamos salvando as outras pessoas. Depois sai dali e fui para o que seria minha casa, que ficava ali perto.
Cheguei na minha casa, ao entrar no portão, vi o que seria o meu filho, que deveria ter uns 2 anos. Peguei-o no colo, mas ele reclamou dizendo que queria ficar no chão. Perguntei se ele preferia o chão que o colo do pai. Ele disse que preferia o chão. Coloquei-o no chão e vi o que seria minha filha. Ela deveria ter uns 10 anos. Então disse a ela que a moça do prédio queria que ela fosse lá, para as duas serem amigas. Ela então disse que não queria ser amiga daquela moça. Deixei meus filhos ali e fui para dentro da casa.
Da minha casa eu não via o mar que existia ali. Via uma floresta. O mar só se via daquela escada de acesso ao prédio. Mesmo minha casa, ficando apenas uns 10 metros da escada.
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