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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Uma cidade de pedras - Já imaginou conhecer uma cidade onde as ruas, igrejas, casas e praças são todas feitas de pedra? Esta cidade existe e mostro ela aqui para vocês. Vem comigo conhecer Grão Mongol nas Minas Gerais: (Por: Nathalia Goulart)




Já imaginou conhecer uma cidade onde as ruas, igrejas, casas e praças são todas feitas de pedra? Esta cidade existe e mostro ela aqui para vocês. Vem comigo conhecer Grão Mongol nas Minas Gerais:
Grão Mogol (foto acima de Thelmo Lins) é a genuína e autêntica raiz do sertão mineiro. Suas ruas e construções em pedras, em destaque para a Igreja de Santo Antônio, é a mais pura originalidade da cultura, arquitetura e riqueza patrimonial mineira. Foi fundada em 1840, sendo hoje uma cidade histórica, tendo seu centro histórico, com suas ruas e casarios históricos em pedra, tombados pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural de Minas Gerais (Conep). A cidade possui também um presépio tamanho natural, muito visitado por turistas nas proximidades do natal. 
Tem hoje 17 mil habitantes, está a 829 metros de altitude e a 556 km de Belo Horizonte, 1.080 km do Rio de Janeiro, 1.215 km de São Paulo, 930 km de Brasília, 940 km de Vitória e 879 km de Salvador. (foto acima e abaixo de Juneo Lopes) 
É uma das mais importantes cidades do Norte de Minas. Faz divisa com os municípios de Riacho dos Machados, Francisco Sá, Itacambira, Botumirim, Cristália, Berilo, Virgem da Lapa, Josenópolis, Padre Carvalho, Fruta de Leite, Rio Pardo de Minas, Juramento. 
Breve história 
A partir de 1710, bandeirantes e aventureiros começaram a chegar na Serra do Espinhaço devido a descoberta de diamantes, num local denominado Arraial do Tejuco, onde é hoje o município de Diamantina. A descoberta gerou a procura por diamantes em terras ao longo do entorno do recém formado Arraial do Tejuco. No final do século XVIII descobriram diamantes ao longo do Rio Itacambiraçu e na Serra de Santo Antônio onde foram encontrados diamantes nas rochas, sendo caso único no mundo. A partir de então, um pequeno arraial começou a se formar, denominado de Santo Antônio do Itacambiruçu, que hoje é a cidade de Grão Mogol. 
Tela mostrando Grão Mogol na origem. Créditos: Divulgação/Unimontes 
A origem do nome Grão Mogol não é exata. (foto abaixo de Thelmo Lins o calçamento em pedras da cidade) Uma versão diz que vem do nome de um diamante descoberto na Índia em 1550, que pesava 793 quilates denominado Grão Mogol. Na região do Espinhaço foram encontrados alguns diamantes semelhantes em quilates, por isso a associação ao nome. 
Outra versão sugere que o nome tenha originado no amargo sofrimento gerado por conflitos pela disputa de diamantes ocasionando grandes desordens sociais e assassinatos, o que provocava grande amargor nas pessoas do povoado. Já naquela época, o mineiro tinha o hábito de reduzir as palavras, como ainda hoje. Não falavam "grande amargor" e sim "granmargor", "grãomargó" e por fim, corrigindo a pronuncia, a denominação passou a ser Grão Mogol. 
Na foto abaixo de Thelmo Lins, local de extração de diamantes, ainda em funcionamento
Mas nem tudo era amargor no arraial. (a foto abaixo, de Juneo Lopes, mostra a Capela do Rosário) O famoso Barão de Grão Mogol, Gláuter Martins Pereira, nascido em 1826 numa fazenda na região, era conhecido pela sua generosidade, compaixão e por tratar humanamente os escravos que possuía. Como ele, tinha outras pessoas boas. 

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Voltando a história do arraial, em 1840 o povoado foi elevado a distrito, subordinado a Montes Claros MG. Em 1849 foi elevado a Vila e finalmente, reconhecida como cidade em 1858. A data oficial do aniversário de Grão Mogol é 23 de março de 1840, portanto, a cidade tem hoje 178 anos. 
A marca da presença portuguesa era a edificação de uma cruz e construção de uma capela, em homenagem aos seus santos. Os portugueses, bem como seus descendentes, veneravam muito Santo Antônio, um frade franciscano nascido em Lisboa que viveu boa parte de sua vida em Pádua, na Itália. 
A foto abaixo mostra a Praça da Matriz de Grão Mogol com seus casarões coloniais e em pedra. Fotografia de Thelmo Lins 
Na região já existia uma cadeia montanhosa com o nome de Santo Antônio e resolveram construir uma igreja em sua homenagem. Começaram a construção da igreja, no então distrito com apoio do Barão de Grão Mogol, que cedeu o terreno e escravos para a construção. A ideia era que a igreja fosse construída somente com rochas, que é abundante na região. A partir da construção da igreja, em pedras, começaram a construir suas casas também de pedras, sendo até hoje uma das características da cidade, devido a abundância de rochas na região. Não só as casas, como calçamentos de ruas e praças também são feitas em pedras. 
A fachada da Igreja foi construída em estilo eclético. (foto abaixo de seu interior de Thelmo Lins) 
Mesmo sendo feita de pedras, diferente das construções em barro e pau-a-pique da época, o interior da igreja seguiu os padrões do estilo da época, ou seja, o barroco. Na época as igrejas sempre tinham um altar principal todo ornado em madeira e ouro, com a imagem central do padroeiro e dois altares laterais com diversos pequenos oratórios dedicados aos santos e imagens de anjos adornando toda a igreja. Todos ornados em madeira, como também o piso, os bancos, confessionários etc. No caso dessa igreja, a originalidade da cor bruta das rochas e a beleza nobre da madeira, dá um contraste com ares de paz e sossego. 
É uma das mais belas igrejas de Minas Gerais, um rico patrimônio de Grão Mogol e do povo mineiro. 
Fonte: Arnaldo Silva - conhecaminas.com

Thyalzinho. Até a próxima viagem



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A cidade mineira que atrai turistas o ano inteiro - Ar rústico, lugar místico, 1.440 metros acima do nível do mar e a natureza exuberante atrai turistas o ano inteiro para esta cidade cercada de mitos e lendas, contos e fadas. Você não pode perder. Vem Comigo: (Por: Nathalia Goulart)




Ar rústico, lugar místico, 1.440 metros acima do nível do mar e a natureza exuberante atrai turistas o ano inteiro para esta cidade cercada de mitos e lendas, contos e fadas. Você não pode perder. Vem Comigo:
Seu ar rústico, típico do interior de Minas Gerais, e sua localização montanhosa e elevada a 1 440 metros acima do nível do mar (permitindo a observação de praticamente toda a região ao redor) fazem com que a cidade seja destino preferido de muitos turistas entusiastas da natureza e de gentes ligadas às artes em geral, tendo sido inclusive cenário para a minissérie Filhos do Sol da extinta Rede Manchete. A cidade também atrai visitantes em busca de supostas aparições de ovnis na cidade. Isso mesmo, estamos falando de São Tomé das Letras. (fotografia acima de Vânia Pereira) 
Existem diversas opções de visita obrigatória, como a Gruta São Tomé, Gruta do Carimbado, Casa da Pirâmide, formações rochosas (a Pedra da Bruxa é a mais famosa), as cachoeiras Eubiose, Véu de Noiva, Paraíso, Lua, Antares entre outras, e corredeiras como Shangri-lá, Sobradinho e inúmeras outras em toda região. (fotografia abaixo de autoria de Rinaldo Almeida, de um ponto de ônibus na cidade) 
As estradas da região são de terra em boas condições. Há muitas trilhas para bicicletas e encontros periódicos de praticantes de motocross e off road. Entre os caminhos mais interessantes, estão as estradas até Carrancas e Aiuruoca. 
Facilidade para hospedagem, roteiro rápido e bons preços são atrativos. Movimento nos meses de julho e agosto aumenta 60%, segundo a Secretaria de Turismo. (a foto abaixo mostra um dos lugares mais visitados por turistas, a Cachoeira do Vale das Borboletas, fotografia de Renato Borim) Salvo a alta temporada e os feriados, uma das características de São Tomé das Letras é o fato do turista não precisar se programar com meses ou semanas de antecedência para ir à cidade. Maria Aparecida de Souza é funcionária de uma pousada diz que é comum receber hóspedes em cima da hora. 
"Acontece bastante das pessoas decidirem passar o fim de semana aqui em cima da hora. Tem gente que chega na cidade sem hospedagem e só decide isso aqui", afirma. (na foto abaixo, rua deserta em São Tomé. Fotografia de Vânia Pereira) 
O analista de suporte Márcio Saldão Lopes é de São José do Campos (SP) e já visitou São Tomé das Letras três vezes. "A primeira vez foi totalmente ao acaso. Estava viajando pelo interior de Minas e decidimos conhecer a cidade. A segunda vez foi com três amigos e nós planejamos um pouco melhor, mas nada que necessitasse muito tempo e pesquisas. A terceira fui levar outros dois amigos pra conhecer a cidade, reservei a pousada em uma data próxima e decidimos onde iríamos assim que chegamos lá", diz. 

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A cidade também tem um roteiro rápido e que pode ter grande parte cumprida em um final de semana. "Na minha opinião, é uma cidade que você conhece boa parte em um feriado curtinho, mas dá vontade de ir mais vezes pra conhecer as atrações pendentes ou aproveitar mais as que já conheceu. Espero voltar ainda uma quarta vez", afirma Lopes. (a foto abaixo, de Stone Pepe, o famoso Bar Bat Caverna) 
Para quem gosta de olhar as estrelas ou curtir um belo nascer ou pôr do sol, a opção é o mirante ou a pirâmide (na foto abaixo de Jerez Costa), que ficam no topo da cidade. Todo segundo sábado do mês acontece o "Pôr do Rock", onde uma banda de rock' n roll se instala na pirâmide a partir das 15 hs. O resultado é um visual deslumbrante que dificilmente o turista vai esquecer. 
O artesanato é predominante na cidade. Itens como incensários, apanhadores de sonhos, camisetas estilizadas, panelas e lembranças feitas de pedra podem ser encontrados tanto na rua quanto em diversas lojas do município. (fotografia abaixo de Jerez Costa) 
Um dos comerciantes é o argentino Pablo Nientzoff, que mora há 26 anos em São Tomé das Letras. Ele percebe um crescimento de 50% nos negócios durante o mês de julho e feriados. Apaixonado pela cidade, ele não voltou mais para o país de origem. "Já tinha morado em São Paulo, mas quando vim para cá ver um amigo fui atraído pela aura mística daqui. Nunca tinha visto algo parecido na Argentina", conta. 
Para quem gosta de rock pesado ou alternativo, a cidade oferece bares com música ao vivo. Além disso, os fãs do cantor Ventania, que mora na cidade, têm a chance de ver a casa do artista e até mesmo ter a sorte de encontrá-lo andando pelas ruas. (A foto abaixo mostra a interessante noite em São Tomé das Letras. Não temos a autoria identificada.) 
Pousadas e restaurantes 
São Tomé das Letras conta com 55 pousadas (uma delas é essa da foto, a Pousada dos Anjos, de autoria de Vânia Pereira), mas os turistas encontram pacotes especiais durante os feriados e a alta temporada. Para os mais aventureiros, a cidade ainda conta com 10 áreas de camping. 
Já que uma das épocas de maior fluxo de turistas é no inverno, algumas pousadas oferecem lareiras para aquecer os hóspedes. Segundo Carvalho, mesmo no frio as cachoeiras são muito visitadas. "Nessa época, as pessoas visitam as cachoeiras mais para fazer fotos e curtir o visual", explica. 
Acompanhando o misticismo da cidade, muitas pousadas têm decorações bastante interessantes. Magos, duendes, gnomos e outras criaturas lendárias estão presentes nas fachadas e até mesmo nos quartos. (fotografia abaixo de Vânia Pereira) 
Em uma das hospedagens, podemos ver dois personagens bastante conhecidos: o mago Merlin e o Mestre dos Magos, do desenho "Caverna do Dragão". "Como o nome da pousada envolve magos, buscamos homenagear alguns dos mais famosos. Começamos com o Merlin e posteriormente com o Mestre dos Magos", informa o dono da pousada Milton de Souza Ferreira. 
A comida típica mineira é o carro chefe dos 30 restaurantes da cidade. Tutu de feijão, Vaca atolada e até pizza são feitas em panelas ou recipientes de pedra sabão. O preço pago pelos pratos, que servem tranquilamente um casal que come bem, agrada o bolso. 
Entre as receitas de sucesso na cidade está o Baião Mineiro, que consiste em arroz com carne seca e feijão, cubos de queijo-minas meia cura derretidos e dois ovos fritos por cima, acompanhado de quibebe de abóbora, tudo servido em panelas de pedra. 
"A nossa característica é a comida artesanal. Nós não usamos nada industrializado e tentamos fazer todas as receitas na panela de pedra sabão", afirma o dono do restaurante que serve a receita, Luiz Fernando Silveira. 
Para informações de pousadas e pontos turísticos em São Tomé das Letras, basta entrar em contato com o receptivo turístico da cidade pelo telefone (35)3237-1276)

Thyalzinho gente. Até a próxima viagem