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Não apenas um dos muitos e bons esportes e atividades criados para cães (ao lado do mondioring, agility, rafting, trenó e outros), o flyball é um bom exercício, bom escape de energia e uma grande festa não só para cães de todas as raças e tamanhos, mas também donos e donas humanas. Isso sem falar nas interações, quando os cães têm oportunidade de se entenderem e podemos nos mostrar mais presentes para nossos Ronaldinhos ou Martas peludas.
Breve história e descrição do flyball
O esporte foi criado por um grupo de treinadores californianos no fim dos anos 1960, estabilizou seu regulamento durante os anos 1970, fez sucesso em dog shows e programas de televisão e foi oficializado com sua própria entidade regulatória (a NAFA, North American Flyball Association) em 1984. O esquema básico do flyball é simples de descrever: um cão deve saltar alguns obstáculos, pegar uma bolinha arremessada para ele, pular de volta os obstáculos e entregar a bola a seu dono. Velocidade é desejável (o recorde até agora é de pouco menos de 16 segundos), porém menos importante que exatidão. Com o tempo, a quantidade de obstáculos fixou-se em quatro e a bolinha deixou de ser arremessada por uma pessoa, agora quem faz o serviço é ninguém menos que o próprio cão, que com uma das patas dianteiras aperta um botão numa caixa com um mecanismo de impulso que manda a bola para ele.
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AS REGRAS
As regras do flyball são (realmente) simples. São dois times com seis peludos cada, quatro jogando e dois na reserva. O primeiro time em que todos os quatro cães — um imediatamente após o outro — cumprirem direitinho a tarefa de pular, pegar a bola e voltar com ela ganha a partida. Há faltas previstas no regulamento, como cruzar a linha de largada antes do cão anterior atravessar a linha de chegada, largar a bola antes de chegar, deixar de saltar algum dos obstáculos, ser ajudado por alguma pessoa (dono, alimentador de bolas da caixa ou alguém da plateia) ou resolver se aliviar em plena pista, podendo até desclassificar o time.
Por sinal, há duas teorias sobre a origem do nome "flyball". Sim, o significado da palavra é o óbvio, "bola voadora". As teorias são de que o nome pode ter vindo da bola voar ao ser lançada da caixa ou de ela "voar" com o próprio cão quando ele a segura enquanto pula os obstáculos.
Mais informações sobre o flyball em http://www.flyballdogs.com (em inglês)
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Preparativos
Para começar, o cão deve ser do tipo ativo, que gosta de brincadeiras agitadas, inclusive de pegar objetos arremessados a ele, e deve estar socializado o suficiente para obedecer quando é chamado e conviver bem com outros peludos. E o preparo físico antes de começar a jogar para valer inclui treinamento para pular obstáculos baixos (e a cerca de 3 metros de distância um do outro, com a caixa da bola — ou a pessoa que arremessar esta — a uns 4 metos do último obstáculo), correr atrás de uma bola de tênis, segurá-la na boca e trazê-la de volta ao dono. As sessões de treinamento devem ser curtas, no máximo quinze minutos, para evitar que o cão se canse demais e se distraia, pois eles não costumam dar atenção a "aulas" por muito tempo.
Detalhe: o tamanho do cão não importa tanto. Se ele for nanico, poderá integrar um time somente de nanicos ou os obstáculos poderão ter altura ajustada de acordo com sua capacidade de saltar. (A única dificuldade mais grave poderá ser ele, de tão pequeno, não conseguir acionar o mecanismo que solte a bola.)
Outro detalhe: se nos esportes humanos o importante é competir, nos caninos o importante é socializar, aprender a conviver com outros cães e outras pessoas. E o flyball, ao contrário de outros esportes e exercícios como o agility, não exige acompanhamento próximo do dono, o que facilita a vida de donos idosos, deficientes ou convalescentes. E quem sabe seu cão venha a "jogar" bem e se revele atleta bom o suficiente para ganhar campeonatos e até uma canção de Jorge Ben Jor para brilhar ao lado de "Filho Maravilha", "Umbabarauma" e "Waimea 55000".
Por Ayrton Mugnaini
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