sexta-feira, 11 de maio de 2012

O FIM DO MUNDO FOI ADIADO

UM GRUPO DE ARQUEÓLOGOS ENCONTROU O MAIS ANTIGO CALENDÁRIO MAIA JÁ ENCONTRADO. A DESCOBERTA FOI FEITA NO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DE XULTUN, UM ANTIGO COMPLEXO MAIA COM CERCA DE 16 QUILÔMETROS QUADRADOS, OESTE DA GUATEMALA

COM 1200 ANOS, O CALENDÁRIO ESTÁ DESENHADO NA PAREDE DE UMA CASA QUE, OS ARQUEÓLOGOS ACREDITAM, ERA UM LOCAL DE TRABALHO DE ESCRIBAS. “NUNCA HAVÍAMOS VISTO NADA ASSIM DESTA ÉPOCA. É DE SÉCULOS ANTES DE QUALQUER NOTAÇÃO ASTRONÔMICA CONHECIDA ATÉ ENTÃO”, AFIRMOU EM TELECONFERÊNCIA COM JORNALISTAS DAVID STUART, DA UNIVERSIDADE DO TEXAS, EM AUSTIN, ESTADOS UNIDOS, E UM DOS ENVOLVIDOS NO TRABALHO (QUE FOI PATROCINADO PELA NATIONAL GEOGRAPHIC).
O CALENDÁRIO LUNAR ENCONTRADO EM UMA DAS PAREDES AJUDA A COMPREENDER DE ONDE VEIO A NOÇÃO DE QUE PARA OS MAIAS, QUE O MUNDO IRÁ ACABAR NO FINAL DE 2012. MUITO VEM DA IDEIA POPULAR DE QUE O CALENDÁRIO MAIA ACABARIA APÓS 13 BAKTUNS, UNIDADE DE TEMPO MAIA QUE CORRESPONDE A 144 MIL DIAS, O QUE CORRESPONDERIA AO ÚLTIMO DIA DE 2012. “NA PAREDE VEMOS 17 BAKTUNS, O QUE VAI MUITO ALÉM DE 2012”, EXPLICOU STUART. OS PESQUISADORES ACREDITAM QUE O CALENDÁRIO PODE CHEGAR A SETE MIL ANOS NO FUTURO A PARTIR DO SÉCULO IX, QUANDO FOI PINTADO. E COMPLETOU: “É IMPORTANTE ENTENDER QUE OS MAIAS VIAM OS CALENDÁRIOS COMO CICLOS. O FINAL DE UM BAKTUN É UM PERÍODO IMPORTANTE, NÃO UM FIM. É COMO O ODÔMETRO DE UM CARRO. QUANDO ELE CHEGA A 100 MIL QUILÔMETROS E VOLTA AO ZERO, VOCÊ NÃO ASSUME QUE O CARRO VAI SIMPLESMENTE DESAPARECER”. OS PESQUISADORES ENCONTRARAM AINDA UM CALENDÁRIO EM OUTRA PAREDE, MAS AINDA NÃO SABEM EXATAMENTE AO QUE ELE SE REFERE.
A PAREDE EM QUE FOI ENCONTRADO O CALENDÁRIO LUNAR FAZ PARTE DE UM QUARTO DENTRO DE UM COMPLEXO RESIDENCIAL MAIOR. AS OUTRAS PAREDES POSSUEM AINDA DIVERSAS FIGURAS HUMANAS, ENTRE ELAS A DE UM REI MAIA. “FICAMOS IMPRESSIONADOS COM O ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA PRIMEIRA PAREDE QUE ENCONTRAMOS POIS ELA ESTAVA PERTO DA SUPERFÍCIE E A PINTURA NÃO RESISTE BEM AO CLIMA TROPICAL MUITO ÚMIDO E QUENTE”, AFIRMOU WILLIAM SATURNO, DA UNIVERSIDADE DE BOSTON, QUE LIDEROU A PESQUISA.
A CRENÇA EM UM FINAL DO MUNDO, AO CONTRÁRIO, É MUITO RESISTENTE SEGUNDO SATURNO. “VIVEMOS PROCURANDO POR FINAIS. OS MAIAS ESTAVAM QUERENDO TER CERTEZA DE QUE NADA MUDARIA [A IDEIA DOS CICLOS]. É UMA FORMA TOTALMENTE DIFERENTE DE PENSAR”, EXPLICOU ELE.
AGORA FALAR COM AS PESSOAS SOBRE CICLOS NÃO É TAREFA FÁCIL. “A ÚNICA COISA QUE PODE CONVENCER UMA PESSOA QUE REALMENTE ACREDITA QUE O MUNDO IRÁ ACABAR NO FINAL DE 2012 É ESPERAR O INÍCIO DE 2013.”, AFIRMOU STUART.

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